sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Injusto se doar assim como aperitivo.


Me deixa respirar! Coragem eu tenho para te falar. Porém, seria real ouvir da minha boca. Concreto seria, e teria que viver com seu “passo-à-trás”. Audaciosa que sou me maltrato com tua amizade. Mas tu não percebes que aos poucos nesse seu “aproximar” me ludibrio. Tu olhas como quem vê alma. Como não sabes ainda que a minha grita por você? Outro deslumbramento? Palavras inocentes brotam de ti a mim. Se tu lê-se o que li, tu te iludirias assim como eu. E sem saber, venho preenchendo você em mim. Estou cansada, esgotada! Queria poder escolher o caminho. O oposto. O meu gosto. É duro lutar contra os próprios sonhos! Modificar uma cabeça feita na infância. Mas não é justo libertar-me de minha essência, só de tua essência em mim. Não me perguntas por que estou estranha, te acostumes com minha ausência porque é dela que vou alimentar-te. Quando tento recomeçar e encontrar um outro alguém, de susto de vejo. Te encontro e me desencontro. Meu coração bate com um forte arquejo. Compara pulso que tenho agora com o da presença que trago comigo. Injusto se doar assim como aperitivo. Mostrando que meu pulso pode ser descontrolado, por você. Comparado coração. Desisto de tentar, na impressão que não conseguiria viver de pulso lento. E num choro de aflição, mais uma vez, eu desisto de recomeçar. Sabendo que para meu coração já começou há muito tempo. Preciso então acabar. Preciso acabar de te ver. Acabar de te esquecer. Acabar de te encontrar em mim. Comparações que são covardias! Como posso preencher um copo que já está cheio d’água? Transborda! Sobra! E da sobra não se faz falta. Esvaziar. Vazia de você. Cheia de mim.