sábado, 26 de junho de 2010

Estrada da Laranja Essência.


Sinto fogo no frio.
Um frio de corpo, um fogo d’alma.
Aperto os olhos, onde estão minhas pálpebras?
Mantenho-me viva, dormente.
Olhar infinito, desvairado, concedido.
O vento me sopra pensamento, sopro álcool de mim em resposta.
Paro no céu, de infindáveis cores desiguais.
Porque o laranja me chama atenção?
O azul, comum, não me distraí, não me atraí.
O novo, o agora, o que ainda não me aconteceu.
Penso naquele momento...
Aquelas horas...
Com aquele olhar...
Mel escorre dos olhos, arrepia meus sentidos.
Um alento motriz carrega-me à outras estâncias.
Aconchego no peito transformado em vontade.
Vontade minha, sempre atenta.
Faço-me entender, dormir far-me-ei.
Minha mente repousa em agonia.
Inquietude triste valente.
Esperança em nome de quem não coragem teve.
Que instinto foi esse que se apoderou de mim?