Sinto fogo no frio.
Um frio de corpo, um fogo d’alma.
Aperto os olhos, onde estão minhas pálpebras?
Mantenho-me viva, dormente.
Olhar infinito, desvairado, concedido.
O vento me sopra pensamento, sopro álcool de mim em resposta.
Paro no céu, de infindáveis cores desiguais.
Porque o laranja me chama atenção?
Porque o laranja me chama atenção?
O azul, comum, não me distraí, não me atraí.
O novo, o agora, o que ainda não me aconteceu.
Penso naquele momento...
Aquelas horas...
Com aquele olhar...
Mel escorre dos olhos, arrepia meus sentidos.
Um alento motriz carrega-me à outras estâncias.
Aconchego no peito transformado em vontade.
Vontade minha, sempre atenta.
Faço-me entender, dormir far-me-ei.
Minha mente repousa em agonia.
Inquietude triste valente.
Esperança em nome de quem não coragem teve.
Esperança em nome de quem não coragem teve.
Que instinto foi esse que se apoderou de mim?