Sinto fogo no frio.
Um frio de corpo, um fogo d’alma.
Aperto os olhos, onde estão minhas pálpebras?
Mantenho-me viva, dormente.
Olhar infinito, desvairado, concedido.
O vento me sopra pensamento, sopro álcool de mim em resposta.
Paro no céu, de infindáveis cores desiguais.
Porque o laranja me chama atenção?
Porque o laranja me chama atenção?
O azul, comum, não me distraí, não me atraí.
O novo, o agora, o que ainda não me aconteceu.
Penso naquele momento...
Aquelas horas...
Com aquele olhar...
Mel escorre dos olhos, arrepia meus sentidos.
Um alento motriz carrega-me à outras estâncias.
Aconchego no peito transformado em vontade.
Vontade minha, sempre atenta.
Faço-me entender, dormir far-me-ei.
Minha mente repousa em agonia.
Inquietude triste valente.
Esperança em nome de quem não coragem teve.
Esperança em nome de quem não coragem teve.
Que instinto foi esse que se apoderou de mim?
Sabe aquele título que chama atenção de cara? Sabe quando o texto já começa com uma frase que instiga sua leitura completa?!
ResponderExcluirE eu ouvi tua voz em cada frase. Você se encontra nas palavras, isso é notável e ótimo!
O laranja chama atenção porque é o que faz lembrar do despertar do fogo d'alma, pois não...!
Se tiver de ser, que você prova do mel dos olhos e escreva outras e novas linhas.
essa pena com que escreves
ResponderExcluirtem cheiro de manhã saudosa
da madrugada garoada
onde os sonhos tomaram vez
e a imaginação abriu portas
tem gosto de restinho de viagem
quase retornando à casa
transformando o ponto de partida
sempre no ponto de despedida
e conservando perto de si
o que se vai deixando no caminho
assim, sempre guardamos um pouco do que passou
pra consultar nos momentos poéticos
saudosamente dilatados
ocasião sublime
em que o fato e a análise
tomam conta de nossas cabeças
e viram o nankin que alimenta a pluma querida.
tuas palavras trazem nos pés a terra por onde passaste em caminhada...
e que bela caminhada
amiga,
ResponderExcluirlaranja é a cor da fome, da sede, da ânsia.
é o teu momento.
só toma cuidado pra não se devorar...
Nem fogo, nem frio.
ResponderExcluirIndecisão.
Foi isso que te consumiu.
A menina dos olhos de mel de engenho não pode deixar o mel escorrer.
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