quinta-feira, 8 de julho de 2010

Uma página em Branco sonhando em ser um Livro.


Mão trêmula para praticar o que convém.
Os dedos árduos, fixos, frouxos.
Frígidas articulações.
O sangue viajando peregrino nas veias.
Uma brancura funesta.

Agarra. Segura. Aperta.
... A embreagem, e dá macha ré.

Retrocesso,
Recomeço,
Reconquista,
Renovar,
Resguardar,
Remodelar,
Resposta... Ou a falta dela.

Por fim, escorreu o corretivo de papel em minha vida.
A lauda branca realça o nada que nela consta.
Um borrão de imagens, palavras, cores,
Sempre percorrendo o papel,
Mas sem aderência alguma.
Limpa, virginal, inovada.
Construindo, desvendando, instruindo-se.
Registrando e ilustrando uma nova estória.
Contudo agora, é precisamente possível a escolha,
O ambíguo não me apetece.
Quero capa, verso, reverso, controverso.
Pleno, nítido, ardoroso, impactante.
O simples-complexo da vida.
O agora-novo livro das minhas recordações-presentes.

5 comentários:

  1. Uma delicadeza com as palavras que sempre me encanta. Gosto do ritmo desse texto.
    É poesia pura, fina.

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  2. não sei se ele é confuso ou se me causa confusão.

    Sinceramente: gosto da estranheza nele, mas isso dói a vista.

    causa e efeito.
    mérito seu!

    beijos

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  3. Que lindo, adorei, parabens!
    Hugs.

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  4. Não conhecia seus textos, gostei muito principalmente desse.
    Forte abraço

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