quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Motricidade Ébria


Pingos me cortam a face.

Dois corpos contra o meu.

Um arrepio que vem da nuca.

Sinto gosto de chuva.

Os olhos me ardem.

As pernas tremem.

A boca rasga.

Os dedos duros, fixos.

Uma estrada sem fim.

Uma noite que chega ao fim.


ps.: uma certa experiência na (nada calada) noite de 24 de maio de 2009.

Um comentário:

  1. É muito bom vê-lo ganhar ainda mais vida na Pena do teu Pensamento!
    Interessante essa metalinguagem entre texto e imagem, pois contribui e apimenta as visões que projetamos em nossas interpretações.
    E tua ebriedade é mais lúcida que...
    Mais lúcida que aqueles que "andam sob as pontas dos pés".

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